Versão nacional de sucesso global, TCR Brasil Banco BRB tem histórico de decisões emocionantes e protagonismo "caseiro"

A terceira temporada da história do TCR Brasil Banco BRB terá início neste fim de semana (16 e 17/08) no Circuito dos Cristais, em Curvelo, a cerca de 150 km da capital mineira, Belo Horizonte. A competição traz no seu DNA o consagrado conceito TCR (Touring Car Racing, ou “corridas com carros do tipo turismo”, em tradução livre), idealizado em 2014 pelo empresário italiano Marcello Lotti. No ano passado, a franquia mundial realizou 339 corridas em 30 países e quatro continentes distintos, envolvendo 21 modelos e 12 montadoras diferentes. A versão nacional do TCR, que corre em conjunto com o TCR South America Banco BRB, tem uma breve, porém relevante história de títulos, conquistas e grandes disputas nas pistas do Brasil, Uruguai e Argentina desde 2023.
O formato de competição do TCR Brasil Banco BRB possibilita a participação de pilotos que fazem parte também do certame sul-americano, o que torna a categoria nacional ainda mais emocionante, equilibrada e imprevisível em razão do alto nível do seu grid. 
O Brasil carrega o protagonismo em termos de títulos do TCR nacional e defende a invencibilidade na classificação geral nesta nova temporada depois de ver a consagração do paulista Galid Osman e do brasiliense Pedro Cardoso, campeões em 2023 e 2024, respectivamente. Contudo, as conquistas vieram na base da raça e na esteira de muita regularidade.
O primeiro campeão do TCR Brasil Banco BRB levantou o troféu no Autódromo Internacional Zilmar Beux, em Cascavel (PR), depois de levar a melhor em uma batalha apertada com o argentino Ignacio Montenegro. Galid faturou o título com apenas um ponto de vantagem (262 x 261) defendendo a equipe carioca W2 ProGP, liderada pelos ex-pilotos de Stock Car Duda Pamplona e Serafin Jr., enquanto o compatriota Guilherme Reischl ficou com o título da Copa Trophy.
A campanha bem-sucedida de Pedro Cardoso em 2024 também foi definida na última corrida do calendário. Em Buenos Aires, no Autódromo Oscar y Juan Gálvez, o piloto da equipe argentina PMO Racing levou a melhor em confronto direto contra Juan Ángel ‘Colo’ Rosso e, mesmo sem ter vencido corridas na temporada, finalizou o campeonato brasileiro como campeão ao somar 274 pontos, contra 271 do adversário. Semanas depois, Cardoso tornou-se o primeiro piloto a conquistar a versão sul-americana do TCR, obtendo um quarto lugar na prova que completou o campeonato, em Rosário, na Argentina. O uruguaio Enrique Maglione foi consagrado como campeão na Copa Trophy.
Único piloto a ter feito todas as 77 corridas na história do campeonato sul-americano da franquia, o brasiliense Raphael Reis é o recordista de largadas também no TCR Brasil Banco BRB ao ter disputado as 20 provas já realizadas pelo campeonato. O piloto da W2 ProGP foi terceiro colocado nas duas primeiras temporadas.
Outro nome brasileiro que se destaca na história da competição é Rafael Suzuki. Com larga experiência e atualmente no grid da BRB Stock Car Pro Series, o paulista é o maior vencedor do TCR Brasil Banco BRB, com cinco triunfos. O conterrâneo Galid Osman vem logo atrás, com quatro primeiros lugares na competição.
O time brasileiro do TCR ganhou em 2025 um reforço de peso com a chegada de Nelsinho Piquet, que faz sua temporada de estreia no conceito como piloto da Squadra Martino a bordo do Honda Civic Type R FL5 #33. O primeiro campeão mundial de Fórmula E e ex-Fórmula 1 vem em alta, com três poles consecutivas no campeonato continental. Também estão no grid do TCR nesta temporada os jovens Enzo Gianfratti, paulistano de 22 anos, que correu desde a segunda etapa pela equipe catarinense Porthack Racing e que defenderá a G Racing Motorsport a partir de Curvelo, enquanto a também catarinense Maria Nienkötter, única mulher do grid, aos 19 anos, defende a Cobra Racing Team, time liderado pelo ex-piloto Nonô Figueiredo.
A partir deste fim de semana, em Curvelo (MG), o grid do TCR Brasil Banco BRB contará com outra novidade: a vinda do paulista Léo Reis, de 21 anos, que vai estrear a bordo de um Cupra León VZ da W2 ProGP. Assim como Gianfratti, Reis também acelera no grid da Stock Light, fazendo sua estreia em 2025.

Alta tecnologia — Seis marcas já colocaram seus carros para acelerar no TCR Brasil Banco BRB. A mais vitoriosa é a Cupra (divisão do Grupo Volkswagen), que já triunfou em seis provas, contra cinco da Toyota — que é a dona do maior número de pódios na categoria, com 22 presenças. 
Honda, Peugeot, Hyundai e Lynk & Co. (marca de propriedade do grupo chinês Geely e que chegará às ruas do Brasil em 2026) também já estão presentes na história da competição, com modelos dotados de alta tecnologia e evoluções constantes.
O segredo do conceito TCR em atrair diversos fabricantes reside no seu consagrado formato, que faz uso dos mesmos regulamentos e carros em todos os campeonatos ao redor do mundo. Isso gera o atrativo extra de pilotos do TCR Brasil ou do TCR South America, por exemplo, poderem competir nas mesmas condições em qualquer campeonato, já que os carros são idênticos. Em bom exemplo foi o FIA Motorsport Games, as “Olimpíadas do Automobilismo”, que em 2024 viu o brasileiro Raphael Reis terminar em segundo lugar e conquistar a medalha de prata na competição realizada em Valência, na Espanha.
Outro atrativo para os pilotos é o ranking global que reúne todos os competidores da franquia de todo o mundo. Inspirada no ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), ele possibilita que os melhores colocados se classifiquem para disputar a final inaugural do TCR World Ranking, que em 2025 será disputada no mês de novembro em Vallelunga, na Itália.

Rivalidade na pista — No confronto direto contra pilotos da Argentina e do Uruguai, o Brasil é o país dominante no campeonato nacional. Em 20 corridas já disputadas, foram 15 vitórias, contra seis dos argentinos e uma do Uruguai. A superioridade também aparece no quesito pódios, no qual os competidores tupiniquins alcançaram o top-3 em 38 oportunidades, contra 23 dos argentinos e cinco dos uruguaios.
Porém, em tomadas de tempo para o grid, o cenário é bem mais apertado. Argentina e Brasil estão empatados com cinco poles, enquanto os uruguaios largaram na frente três vezes.
Na disputa por equipes, as campeãs de 2023 e 2024 aparecem em evidência: a brasileira W2 ProGP já venceu seis corridas, contra cinco da PMO Racing. Também argentina, a Squadra Martino — rebatizada neste ano como Honda YPF Racing — é recordista absoluta em poles e já largou na frente oito vezes. Já no quesito pódio, outra equipe baseada na Argentina lidera a estatística: a Paladini Racing, com 16 idas ao top-3, contra 15 da W2 ProGP e 12 da PMO Racing.

Histórico do TCR Brasil Banco BRB (2023-2024)
Total de etapas: 11
Total de corridas: 20
Piloto com mais largadas: Raphael Reis (BRA), 20 corridas

Temporada 2023
Campeonato de Pilotos
1º Galid Osman (BRA), 262 pontos
2º Ignacio Montenegro (ARG), 261
3º Raphael Reis (BRA), 259
4º Juan Ángel Rosso (ARG), 248
5º Rafael Suzuki (BRA), 221

Campeão Copa Trophy
Guilherme Reischl (BRA)

Equipes
1º W2 ProGP (BRA), 587 pontos
2º Paladini Racing (ARG), 503
3º Squadra Martino (ARG), 498
4º PMO Motorsport (ARG), 325
5º Cobra Racing Team (BRA), 313

Temporada 2024
Campeonato de Pilotos
1º Pedro Cardoso (BRA), 274 pontos
2º Juan Ángel Rosso (ARG), 271
3º Raphael Reis (BRA), 248
4º Matías Rossi (ARG), 231
5º Juan Manuel Casella (URU), 230

Campeão Copa Trophy
Enrique Maglione (URU)

Equipes
1º PMO Racing (ARG), 521 pontos
2º W2 ProGP (BRA), 505
3º Squadra Martino (ARG), 480
4º Paladini Racing (ARG), 431
5º Toyota Team Argentina (ARG), 231

Pistas que mais receberam o TCR Brasil Banco BRB
Interlagos e Cascavel: 3 etapas
Velocitta: 2
Velopark, Rivera (Uruguai) e Buenos Aires: 1 

Estatísticas por piloto
Vencedores
Rafael Suzuki (BRA): 5 vitórias
Galid Osman (BRA): 4
Ignacio Montenegro (ARG), Fabián Yannantuoni (ARG) e Raphael Reis (BRA): 2
Felipe Lapenna (BRA), Diego Nunes (BRA), Rodrigo Baptista (BRA), Juan Ángel Rosso (ARG), Matías Rossi (ARG), Juan Manuel Casella (URU) e Lucas Foresti (BRA): 1

Poles
Ignacio Montenegro: 4
Juan Manuel Casella: 3
Raphael Reis e Rodrigo Baptista: 2
Lucas Russel e Pedro Cardoso: 1

Pódios
Juan Ángel Rosso: 12
Pedro Cardoso: 8
Galid Osman: 7
Rafael Suzuki: 6
Raphael Reis: 5
Juan Manuel Casella, Fabián Yannantuoni e Matías Rossi: 4
Ignacio Montenegro: 3
Raphael Reis: 2
Felipe Lapenna, Jorge Barrio, Gaetano Di Mauro, Diego Nunes, Lucas Foresti, Thiago Vivacqua, Rodrigo Baptista, Nelson Piquet Jr., Celso Neto, Guilherme Salas e Guilherme Reischl: 1

Estatísticas por país
Vitórias
Brasil: 15
Argentina: 6
Uruguai: 1

Poles
Argentina: 5
Brasil: 5
Uruguai: 3

Pódios
Brasil: 38
Argentina: 23
Uruguai: 5

Estatísticas por equipes
Vitórias
W2 ProGP (BRA): 6
PMO Racing (ARG): 5
Squadra Martino (ARG): 4
Paladini Racing (ARG): 3
Cobra Racing Team (BRA) e Toyota Team Argentina (ARG): 1

Poles
Squadra Martino: 8
W2 ProGP: 2
PMO Racing: 1

Pódios
Paladini Racing: 16
W2 ProGP: 15
PMO Racing: 12
Squadra Martino: 9
Scuderia Chiarelli (BRA) e Toyota Team Argentina: 3
Cobra Racing Team: 2

Estatísticas por marcas
Vitórias
Cupra: 6
Toyota: 5
Honda: 4
Peugeot: 3
Lynk & Co.: 2

Poles
Honda: 8
Cupra: 2
Peugeot: 1

Pódios
Toyota: 22
Cupra: 15
Honda: 9
Peugeot: 8
Hyundai e Lynk & Co.: 3


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